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sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

MINUTOS DE SABEDORIA DE TOLKIEN

Quando reli 'O Senhor dos Anéis' pela terceira vez, tive o cuidado de destacar algumas frases ditas por alguns personagens notáveis, como Gandalf, Frodo, Elrond e outros, por achá-las de alguma forma especiais do ponto de vista do bom senso e sabedoria que carregam. Assim, tenho a satisfação de partilhá-la com todos. Boa leitura!

Bilbo em seus últimos dias em Valfenda.

  • ‘Isso terá seu preço. Não é natural e terá problemas’ (um hobbit, sobre a longevidade incomum de Bilbo).
  • ‘Eu só podia observar e esperar’ (Gandalf, sobre a dúvida quanto ao Um Anel)
  • ‘Sempre depois de uma derrota e uma pausa, a Sombra toma outra forma e cresce novante.’
  • ‘ Tudo o que temos de decidir é o que fazer com o tempo que os é dado.’ (Gandalf)
  • ‘ Bilbo estava DESTINADO a encontrar o Anel, e não por quem o fez. (Gandalf)
  • ‘Tenho certeza de que ele (Bilbo) foi tão pouco molestado pelo mal, e no final escapou, porque começou a possuir o anel desse modo. Com pena. (...) Quando a hora chegar, a pena de Bilbo pode governar o destino de muitos.” (Gandalf)
  • ‘Muitos que vivem merecem a morte. E alguns que morrem merecem viver. Você pode dar a eles a vida? Então não seja tão ávido para julgar e condenar alguém à morte. (Gandalf, sobre Gollum).
  • “O  conselho é uma dádiva perigosa, mesmo dos sábios para os sábios, e tudo pode dar errado.”
  • “E ainda era meio-dia, hora que espanta os temores”.
  • “A simples estada ali representava uma cura para o cansaço, o medo e a tristeza.” (Valfenda)
  • “Não há nada que possa fazer, a não ser resistir com ou sem esperança.”
  • “A traição sempre foi nosso maior inimigo”.
  • “É perigoso aprofundar-se demais nas artes do inimigo, para o bem ou para o mal”.”
  • “Devemos buscar um fim definitivo para essa ameaça, mesmo que não tenhamos esperança de alcançar tal objetivo.”
  • “Pois nada é mau no início.”
  • “E (você) poderá encontrar amigos em seu caminho, quando menos esperar.”
  • “Desonesto é aquele que diz adeus quando a estrada escurece.” (Gimli a Elrond)
  • “Mas vamos pensar nisso quando chegar a hora.”
  • “O clima pode ser um inimigo mais fatal que qualquer outro.
  • “Quando cabeças são perdidas, corpos deve servir, como dizemos em nossa terra (Gondor).”
  • “Absurdamente simples, como a maioria dos enigmas quando você descobre a resposta.”
  • “Mesmo na escuridão, e apesar de todas as curvas da estrada, ele sabia aonde desejava ir, e não vacilou, enquanto havia um caminho que conduzia na direção de seu objetivo.”
  • “Vamos ter que nos arranjar sem esperanças.”
  • “Aqui tudo é maravilhosamente silencioso.”
  • “Nunca faça uma viagem sem uma corda.” (Samwise)
  • “Mas não despreze a tradição que vem de anos longínquos, talvez as velhas avós guardem na memória relatos sobre coisas que alguma vez foram úteis para o conhecimento dos sábios.”
  • “Pois assim são os modos deste mundo: encontrar e perder.”
  • “O rio é uma trilha que não se perde.”
  • “Não se sabe o dia de amanhã. O nascer do sol geralmente traz um bom conselho.”
  • “É papel de um homem discerni-los (o bem e o mal), tanto na Floresta Dourada como na sua própria casa.”
  • “Algumas coisas é melhor começar do que recusar, mesmo que o fim possa ser escuro.”
  • “Não é necessário preocupar-se com o que o amanhã poderá trazer. Em primeiro lugar, porque o amanhã trará certamente coisas piores que hoje, ainda por muitos dias vindouros. E não há mais nada que eu possa fazer para evita-lo.
  • “Não estrague essa maravilha com a pressa.”
  • “É o seu destino, talvez, trilhar caminhos que outros não ousam.”
  • “O golpe apressado geralmente se perde.”
  • “Pela manhã os conselhos são melhores, e a noite altera muitos pensamentos.”
  • “Quando a vontade não, caminhos se abrem.”
  • “Nas horas de desespero a recompensa pela gentileza pode ser a morte.” (Denethor)
  • “Pode haver planos que não sejam nem as teias dos magos nem a pressa dos tolos.”
  • “Um traidor pode trair-se a si mesmo e fazer o bem que não pretende.”
  • “Mas se ficássemos em casa sem fazer nada o destino nos encontraria de qualquer jeito, mais cedo ou mais tarde.”
  • “Aquele que dá o primeiro golpe, se o golpe tiver força suficiente, pode não precisar dar mais golpes.”
  • “Uma arma traiçoeira é sempre perigosa para quem a empunha.”
  • “Esperança não é vitória.”
  • “Naquele desespero, meu inimigo era a minha única esperança.” (Gandalf, sobre sua luta contra o Balrog).
  • “Mas a notícia que vem de longe raramente é verdadeira.”
  • “Más notícias não fazem bons hóspedes.”
  • “Os sábios só falam do que conhecem.”
  • “Não tenho conselho a dar para os que se desesperam.” (Gandalf)
  • “Naquela direção está nossa esperança, lá onde está nosso maior medo. Mas ainda há esperança, se conseguirmos resistir imbatíveis por um tempo.” (Sobre Mordor)
  • “Um coração fiel pode ter uma língua rebelde.”
  • “A aurora é sempre a esperança dos homens.”
  • “O mundo muda, e tudo o que certa vez se mostrou forte agora se mostra incerto.”
  • “Ninguém sabe o que o novo dia trará.”
  • “O dia poderá trazer novos conselhos.”
  • “Você não está sem aliados, mesmo que não os conheça.”
  • “Mas estamos destinados a dias como este.”
  • “Alguém que, numa necessidade, não consegue jogar fora um tesouro está acorrentado.”
  • “É difícil saber, como essas pessoas más, quando estão unidos e quando estão unidos e quando estão enganando uns aos outros.”
  • “E será que você já é sábio o suficiente para detectar todos os disfarces dele?” (Gandalf, sobre Saruman.
  • “Estou velho, e já não temo perigo nenhum.” (Rei Théoden).
  • “Um rei deve escolher seus amigos com cautela.”
  • “Com grande frequência o ódio fere a si mesmo.”
  • “As coisas transcorrerão como devem, e não há necessidade de nos apressarmos aos encontro delas.”
  • “Mas você não planejou cobrir todo o mundo com suas árvores e sufocar todos os outros seres vivos.” (Gandalf, sobre os planos de domínio de Saruman).
  • “Sim, vencemos, mas foi apenas a primeira vitória, e isso em si aumenta o nosso perigo.”
  • “O perigo chega na noite e quando menos esperamos.”
  • “Estranhos poderes têm nossos inimigos, e estranhas fraquezas!”
  • “Fomos estranhamente favorecidos pela sorte.”
  • “Homens sábios não confiam em encontros casuais pela estra nesta terra.”
  • “Mas sua vida tem algum encantamento, ou o destino o poupa para algum outro fim.” (Sobre Frodo).
  • “As notícias de morte têm muitas asas.”
  • “Mais valia uma desconfiança imerecida do que palavras incautas.”
  • “Palavras belas podem ocultar um coração maligno.”
  • “Raramente nos vangloriamos, e então confirmamos nossas palavras ou morrermos na tentativa.” (Cavaleiro de Rohan)
  • “O servo tem um direito sobre o mestre pelos serviços prestados, mesmo se prestados por medo.”
  • “E se eu voltar atrás, recusando a estrada em seu fim amargo, haverá lugar para mim entre elfos e homens?”
  • “Devo tomar as trilhas que puder encontrar. E não há muito tempo para procurar.”
  • “Podem cometer erros, até mesmo os chefões podem.”
  • “E mais uma vez fica demonstrado que as aparências podem dar uma ideia falsa sobre o homem.”
  • “Até que meu senhor me libere, ou a morte me leve, ou o mundo acabe.” (Juramento de Pippin a Denethor).
  • “Fidelidade com amor, coragem com respeito, perjúrio com vingança.” (O juramento de Pippin).
  • “Não impedi, pois ações generosas não devem ser reprimidas por conselhos frios.”


quarta-feira, 26 de outubro de 2016

AS FLORESTAS DAS TREVAS

O rei élfico Fingolfin desafia Morgoth, o Senhor do Escuro (O Silmarillion).


Com o tempo, após graduar-me em Literatura estrangeira e ler centenas de livros, dentre os quais os clássicos das literaturas Inglesa e Francesa, aí incluídos a magnífica e vasta literatura de Tolkien, eu observei um ponto comum em todas as elas.

Basicamente, todas as obras, e as de Tolkien deixam isso mais evidente, é a questão da escuridão que assedia os corações, seja através de um poder escuro maléfico, seja por essa própria escuridão manifesta numa caverna, numa prisão, ou numa floresta.

É assim com Bilbo e a Companhia do Anel, que devem atravessar a obscura Floresta das Trevas ou as profundezas de Moria. É assim com Dante Alighieri, que precisa atravessar a escuridão tenebrosa de uma ‘selva oscura’ antes de ingressar na sua jornada pelo Inferno em ‘A Divina Comédia’, é assim com João e Maria, que perdidos numa floresta ambientada em escuridão igualmente assustadora, precisam vencer a bruxa má.

A lista desse arquétipo se estenderia sem fim. O heroi do conto de fadas, não apenas como gênero, mas como narrativa de luz e trevas, via de regra precisa trilhar caminhos de árvores retorcidas, trevas e perigos, e somente pela sua determinação e coragem ele alcançará o fim de sua jornada renovado e iluminado, apesar de suas roupas em farrapos e sua mente levada aos limites da sanidade.

Por isso, o contraste luz - trevas na literatura de Tolkien, seja através das Silmarils/Morgoth, Galadriel/Sauron, Arkenstone/Smaug, Bilbo/Um Anel, retrata como nenhum evento da realidade o embate dessas forças que fazem com que cada um de nós vivamos nosso próprio conto de fadas.

Que a luz, então, prevaleça em nossos caminhos!


Aurë Entuluva!

domingo, 23 de outubro de 2016

NOTÍCIAS DE TOLKIEN: A Segunda Guerra dos Anões Contra os Orcs

Quem é fã de 'O Hobbit' certamente já ouviu falar da terrível batalha de Azanulbizar, a qual inclusive está relacionada à chave de Erebor que Gandalf dá a Thorin em 'O hobbit'.

A batalha foi protagonizada pelos anões contra os orcs nos portões do reino de Moria, e teve um desfecho terrível para ambas as partes - embora vencedores, os anões perderam grande parte de seu contingente e não puderam recuperar seus reinos perdidos.


A capa do livro.

A herança maior desse conflito foi um ódio sem dimensões entre as duas raças, o qual nem o tempo pode apagar. Foi assim que, durante a Quarta-Era, quando os elfos já tinham ido embora para sempre para fora do mundo e os homens se ergueram como senhores absolutos da Terra-Média, os anões tiveram que reunir forças mais uma vez para vingar mais uma atrocidade cometida pelos orcs, e recuperar uma preciosa relíquia antiga de suas mãos malditas.

Foi assim que teve início a Segunda Guerra dos Anões Contra os Orcs, de autoria de Marcus Knight, pela editora MCS, um especialista em guerras e fã da literatura de Tolkien.

O mapa da Terra Média na Quarta-Era


Infelizmente, o livro ainda não possui tradução em português, mas para aqueles que se dão bem com a lingua mãe do mestre Tolkien, vale a pena conferir! 

O link da obra na Amazon:


E existe uma grande possibilidade do modesto escriba deste blog apresentar uma tradução em Português da obra neste blog, na forma de novelas com 5 a 10 páginas semanais... Tudo o que é necessário para isso acontecer é a sua visita e interesse, caríssimo leitor!

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

DE NOVO, UM ANEL!

Recentemente, a imprensa nacional, e certamente a internacional noticiou maravilhadas o encontro de um anel que reapareceu após décadas perdido no mar. O melhor é que o anel foi parar direto na mão do seu antigo dono, que jamais esperaria reaver a joia, na verdade uma aliança de casamento.

Ainda bem que era só uma aliança. Se o Um Anel de Sauron não tivesse sido derretido na Montanha de Perdição, eu ficaria extremamente preocupado... Bem dito o que um dos sábios disse no Conselho de Elrond: se o Um Anel fosse lançado ao mar, ele encontraria um meio de retornar.

Proeza semelhante somente Déagol foi capaz de fazer, e pagou com a vida sob a loucura do amigo Sméagol.

Mas a história não para por aí. Até onde eu me lembro, dois dos três aneis élficos tiveram paradeiro desconhecido. dos 7 anéis anões, a maioria foi destruída pelos dragões, mas os restantes, como o anel de Thrór, também estão desaparecidos. E os nove dos homens, cuja magia pérfida cedeu com a queda de Sauron, tanto podem ter se desintegrado quanto podem ter caído da mão das sombras desfeitas de seus portadores como meras joias gastas pelo tempo e pela maldade.



Houve uma época em que eu encontrava anéis com muita facilidade - desde alianças até anéis valiosos que iam para o dedo das minhas cortejadas, além de meras bijuterias pisoteadas e sem valor. Mesmo sabendo que a história o Anel era um conto de fadas, eu nunca deixei de acreditar no poder 'místico' que certos objetos carregam consigo, como tais aneis perdidos - para os antigos, é o famoso 'feitiço'.

No imaginário popular e na literatura, não raro aneis são objetos de poder e magia por ser um objeto de uso fácil e comum, sem falar no seu valor com joia. E como venho insistentemente pregando, os mitos sempre carregam um fundo de verdade, existem forças que circulam pelo mundo e se depositam nesses objetos desgarrados - basta lembrar o que aconteceu com a queda de Sauron: sua sobre se dispersou no extremo norte, e de certo modo, o legado de sua magia negra permaneceu na Terra-Média. 

Gandalf ilustra muito bem essa verdade quando fala de sua luta contra o Balrog as alturas imensuráveis de um pico: quem olhasse para cima e visse o fogo e o raio, acharia que tudo não passava de uma tempestade e um pequeno incêndio...

E é assim que nossos olhos incrédulos buscam racionalizar tudo. O anel de que falei no começo voltou para seu dono do fundo mar pelo simples acaso? Haveria razão capaz de encontrar esse anel no fundo do mar e levá-lo à mão do dono?

Ainda citando Gandalf: Bilbo estava destinado a encontrar o anel por uma força que não era a de Sauron.

Coisas fantásticas acontecem muitas vezes sob o nome do acaso, mas são termos muitos vagos para eventos tão precisos, especiais e decisivos.