Finalmente, um trailer de ação do último filme da trilogia "O Hobbit": A Batalha dos Cinco Exércitos.
O filme promete ser o mais emocionante da saga, já que exibe os momentos decisivos da jornada de Bilbo, os quais podem ser chamados com justiça de "bélicos" e "catastróficos".
O curioso sobre o trailer é a música que o acompanha, a conhecida e tocante "Pippin's Song", ou seu nome correto "Edge of Night" ("Cair da Noite"), ouvida pela voz do hobbit Peregrin Tûk nos salões do regente Denethor de Gondor, em "O Retorno do Rei", último filme da saga "O Senhor dos Anéis", outra obra de J.R.R. Tolkien.
Segue abaixo a letra da música e sua tradução, feita por Marcus Pedrosa.
Edge of Night
Home is behind
The world ahead
And there are many paths to tread
Through shadow
To the edge of night
Until the stars are all aligth
Mist and shadow
Cloud and shade
All shall fade
All shall...fade.
Cair da Noite
O lar está atrás
O mundo à frente está
E há muitos caminhos para trilhar
Através da sombra
Rumo ao cair da noite
Até as estrelas todas acesas
Névoa e sombra
Nuvem e vulto
Tudo desvanecerá
Tudo desvanecerá.
https://www.youtube.com/watch?v=ZSzeFFsKEt4
Um fino raio de luz para se somar ao brilho intenso e maravilhoso da obra de J.R.R.Tolkien.
sábado, 16 de agosto de 2014
domingo, 30 de março de 2014
J.R.R. Tolkien: Uma fé que moveu o mundo
“Bilbo
estava designado a encontrar o anel, e não por quem o fez.”
Gandalf a Frodo, em “O Senhor dos Anéis”.
Em
tempos de acontecimentos frequentemente obscuros e intimidadores, com o
crescimento de falsas religiões e falsos profetas, parece não haver nada que dê
importância a histórias como “O Hobbit” e “O Senhor dos Anéis” no que diz
respeito a esses assuntos.
A
verdade é que J.R.R. Tolkien escreveu suas obras primas não apenas inspirado
pelo seu conhecimento artístico e acadêmico, mas por uma profunda fé em Deus na
condição de adepto do Catolicismo.
Antes
da perda prematura dos pais, Tolkien recebeu educação Católica Apostólica
Romana, que teve continuidade quando ficou sob a tutela do padre Francis Morgan.
Quando
voltou sua vida para o estudo de línguas, tinha o Latim, a língua oficial do
Vaticano, como uma de suas línguas prediletas, a qual inclusive serviu-lhe como
inspiração na criação de suas línguas élficas (o Sindarin). Em 1966, o mestre
de Oxford chegou a traduzir o livro do profeta Jonas diretamente do original em
Aramaico para o Inglês.
Após
seu casamento, assiduamente assistia às missas de Domingo. Seu filho mais
velho, John Tolkien, se tornaria padre da Santa Madre Igreja mais tarde.
Certamente,
a maior contribuição do autor para a Igreja vem de sua ampla Literatura, onde
exemplos de esperança, fé, caridade, compaixão, partilha, e mesmo sacrifício
pelo bem dos semelhantes, dentre outras virtudes cristãs, são igualmente vastos
e bem evidentes. Embora não quisesse transmitir outras mensagens através de sua
obra a não ser aquilo que pudesse ser imediatamente lido, Tolkien reconhece a
influência cristã na sua obra, em uma carta a um leitor (A Carta 142 – livro “Cartas
de J.R.R. Tolkien”):
“O Senhor dos Anéis obviamente é uma obra
fundamentalmente religiosa e católica; inconscientemente no início, mas
conscientemente na revisão. E por isso que não introduzi, ou suprimi,
praticamente todas as referências a qualquer coisa como “religião”, a cultos ou
práticas, no mundo imaginário. Pois o elemento religioso é absorvido na
história e no simbolismo.”
Tempos
depois, o fato viria a ser corroborado pelo então Cardeal Jorge Mario
Bergoglio, Arcebispo de Buenos Aires, Argentina, nomeado Papa em 2013, adotando
o nome “Francisco” quem através do sermão “Mensagem às comunidades educativas” em
23 de abril de 2008, recomendou a leitura das obras de Tolkien, dizendo:
“Tolkien, na literatura contemporânea, retoma em
Bilbo e em Frodo a imagem do homem que é chamado a caminhar, e seus heróis conhecem
e encenam, caminhando, o drama que se desdobra entre o bem e o mal.” (tradução
do original em Espanhol pelo autor).
Precedendo
as palavras do Santo Padre, em 26 de fevereiro de 2003, o jornal do
Vaticano L’Osservatore Romano publicou um artigo onde recomendou a
leitura das obras do autor exaltando seu conteúdo cristão, colocando-as como
“uma espécie de teologia”.
Pode-se
entender o valor dessas palavras quando se tem o conhecimento de que a saga
“Harry Potter”, com larga aceitação popular, não recebeu as mesmas bênçãos do
Vaticano, então sob Pontificado de Bento XVI (Joseph Ratzingher), quem
desaprovou as aventuras do bruxo inglês.
No vídeo a
seguir, o Padre Paulo Ricardo de Azevedo Jr., diletante das obras do autor
inglês, traz mais detalhes sobre a relação entre Catolicismo e a literatura de
J.R.R. Tolkien. Vale a pena ver.
E vale
lembrar ainda que “O Hobbit”, cujos filmes foram apresentados há pouco ao
público, história que segue a mesma tônica cristã, funciona como peça
introdutória ao “Senhor dos Anéis”.
segunda-feira, 3 de março de 2014
A Terra-Média realmente existiu?
Tuor e o elfo Voronwë na costa de Beleriand (O Silmarillion)
A “Terra-Média” realmente existiu?
E
eu digo que há mais verdade em algumas delas do que você possa imaginar. Então,
quem inventou as histórias? Veja os dragões, por exemplo...
O hobbit Samwise Gamgi, sobre contos infantis, em
“O Senhor dos Anéis”.
Pois não seremos nós,
mas os que vierem depois, que farão as lendas de nossa época.
Aragorn, idem.
Marcus Pedrosa
Diante
do fascínio e da riqueza de detalhes do mundo fantástico da literatura de
J.R.R. Tolkien (1892 – 1973), sempre fica a pergunta: elfos, orcs, anões, seus
feitos e seus reinos, a Terra Média, enfim, realmente existiram?
A
meticulosidade com a qual Tolkien criou sua narrativa em “O Silmarillion”, “O
Senhor dos Anéis”, e “O Hobbit” por si mesma já induz o leitor, através da
descrição minuciosa de seus povos, sua origem, seus hábitos, sua língua e suas
tradições, a entender que tais relatos mais lembram livros de história do que simples
ficção literária.
Tamanha
densidade e coerência de informações das figuras da mitologia de Tolkien têm
uma razão de ser: desde criança, quando vivia no meio rural do interior da
Inglaterra, Tolkien teve contato com os costumes e tradições antigas de seu
povo, as quais, juntamente com seu conhecimento sobre línguas como o Grego e o
Finlandês, dentre outras, e sobre seu processo de transformação ao longo do
tempo, adquirido durante seus estudos na Universidade de Oxford, deram-lhe as
principais bases para o que seria seu objetivo enquanto escritor, qual seja,
construir uma mitologia própria do povo inglês.
Para
tanto, Tolkien serviu-se ainda de outras fontes mitológicas, como o poema
anglossaxão “Beowulf”, o finlandês “Kalevala”, os “Eddas” nórdicos, as Lendas
Arturianas, dentre outras pertencentes a povos que colonizaram a Inglaterra ao
longo de sua história, cujos vestígios podem ser reconhecidos mais ou menos
claramente na literatura do escritor.
Convém
observar que todos estes textos, pelo menos em sua forma anterior não-escrita,
são milenares. Consequentemente, questionar sobre a possibilidade de os contos
de Tolkien serem ou não reais, é recuar milhares, senão dezenas/centenas de
milhares ou mesmo milhões de anos antes do primeiro registro escrito, ou seja,
muito além dos 10 mil anos de História convencionalmente aceitos e conhecidos.
Sobre
a correlação entre mitos e verdade, o próprio Tolkien observou, em uma de suas
cartas (“Cartas de J.R.R. Tolkien”):
“Afinal, creio que
lendas e mitos são compostos mormente da ‘verdade’, e de fato apresentam
aspectos desta que só podem ser recebidos neste modo; e muito tempo atrás
certas verdades e certos modos desta espécie foram descobertos e devem
ressurgir sempre.”
A esse respeito, ainda, convém citar o cientista
alemão Fritz Kahn, em seu “Livro da Natureza”: “Raramente,
lendas são invenções; na maior parte das vezes, são verdades idealizadas”.
Em geral, lendas e mitos constituem, inicialmente,
parte da tradição oral de um povo, vertidos, posteriormente e algumas vezes, para
a forma escrita. No entanto, contraditória e curiosamente, é pela oralidade que
perduram, passados de indivíduo a indivíduo através dos séculos, como ocorreu
com a “Bíblia”, a “Kalevala”, dentre outros textos tradicionais ou folclóricos.
Por isso, Tolkien ancorou-se na linguagem como
ponto de partida de sua narrativa. Ele não apenas queria dar personagens e
mundos aos idiomas élficos que ele inicialmente criou como linguista, ele
também tinha noção do alcance da oralidade presente nos textos em que se
inspirou para compor assim seu próprio texto com um forte lastro de verdade no
mundo real.
Com efeito, seu trabalho não pode ser considerado
um mundo alienígena ou meramente imaginário. O próprio Tolkien revela o caráter
pretérito de sua narrativa em relação ao mundo atual no “Apêndice D” de “O
Senhor dos Anéis”, quando explica as particularidades do calendário utilizado
no “Condado”: “O ano tinha sem dúvida a mesma duração, já que, por muitos
longínquos que sejam aqueles tempos pela contagem dos anos e das vidas dos
homens, não eram muito remotos segundo a memória da Terra”.
Os Argonath O Senhor dos Anéis)
O autor também expressa sua convicção sobre o teor
real de sua narrativa no “Apêndice F” da mesma obra, quando comenta as
particularidades de suas línguas: “Mas já não falamos de um anão com a mesma
frequência com que falamos de um homem, ou mesmo de um ganso, e a memória não
foi nítida o suficiente entre os homens para que se preservasse um plural
especial para uma raça que foi hoje confinada aos contos folclóricos.”
Admitindo-se o pressuposto de que Tolkien refinou
tradições antigas e línguas para reconstituir um mundo situado além da História
conhecida, quando exatamente teriam se passado esses fatos?
O próprio autor escreve, no “Apêndice B” da obra já
citada, a respeito da “Quarta Era” de sua cronologia: “(...) a Quarta Era
teve início com a partida de Mestre Elrond (que era um elfo, junto do qual partiram
da Terra Média os demais), quando chegou a época do domínio dos homens e do
declínio de todos os outros “povos falantes” (também mencionados como
“gente antiga”) na Terra-média.
A Quarta Era, assim, teria sido o período em que a
raça humana se consolidou no mundo, e as outras raças que ainda permaneceram na
Terra Média foram lentamente se extinguindo. Deste modo, parece existir uma
correlação entre a Quarta Era e a “Era Quaternária” ou “Pleistoceno”, conforme
a contagem das eras pela ciência da Geologia, o período da Era
Cenozoica compreendido entre 1,5 milhões de anos atrás até 10.000 a.C.,
marcado pelo surgimento do Homo sapiens e do mundo como é atualmente
conhecido.
Outra evidência nas obras de Tolkien, mais
precisamente “O Senhor dos Anéis” que induz à sincronia da Quarta Era com o
Pleistoceno são os “mûmakil”, ou “olifantes”, as enormes
criaturas que os homens de “Harad” aliados do maléfico “Sauron”
utilizavam como bestas de guerra:
“Grande
como uma casa, muito maior que uma casa, pareceu-lhe (a Sam), uma colina móvel revestida de cinza.
(...) O Mûmak de Harad era realmente um animal enorme, e como aquele não há
mais hoje em dia na Terra Média; seu parente que ainda vive nos últimos tempos
é apenas uma lembrança de seu tamanho e majestade. (...) As grandes pernas como
árvores, enormes orelhas semelhantes a velas abertas, a longa tromba erguida
como uma enorme serpente pronta para atacar, os pequenos olhos vermelhos
coléricos. Suas presas levantadas semelhantes a chifres (...).
O mûmak ou olifante seria nada menos do que o
mamute, ancestral do elefante que viveu e foi extinto igualmente no Pleistoceno,
cujo um exemplar, aliás, foi encontrado recentemente bem preservado em uma das
regiões geladas do planeta no extremo norte.
Falando-se em evidências, o que dizer ainda sobre vestígios
de outras criaturas, como dragões, trolls, e orcs, ou cidades como “Gondolin”, “Minas
Tirith” e “Erebor”?
Quanto aos primeiros, pode-se falar dos diversos
fósseis já encontrados e catalogados no meio científico, tanto quanto possível,
pois ossos de milhares ou milhões de anos atrás só podem chegar até nossos dias
se passarem por um processo de petrificação, o que nem sempre acontece com
todos esqueletos de criaturas antigas. Mesmo assim, existem inúmeras amostras catalogadas
de esqueletos de imensas criaturas aladas que poderiam ter sido um dragão (em
outro artigo, discorro sobre a possibilidade da existência deles); assim como
restos humanoides que poderiam ser atribuídos a trolls ou orcs, ao invés de
espécies evolutivas ancestrais ligadas à raça humana. Quem pode saber? Como
saber de fato que tipo de carne revestia os ossos dessas criaturas em vida,
quais eram suas reais feições, e do que eram capazes de fazer?
Da mesma forma que ossos não resistem normalmente à
ação do tempo, espadas, machados, elmos e escudos também logo se desfazem uma
vez deixados à própria sorte, de modo que jamais alguém poderá dizer com exatidão
se as espadas “Andúril” ou “Orcrist” de fato um dia já estiveram
nas mãos de guerreiros como “Aragorn” ou “Thorin”, embora
guerreiros valorosos com toda certeza empunharam suas armas em dias além da
mais remota das batalhas registradas pela História.
No que diz respeito às cidades, deve-se considerar
os cataclismos e a limitação do ser humano em seus recursos de exploração
arqueológica. Na literatura de Tolkien constantemente fala-se na ocorrência de
revoluções na forma do mundo alterando seus contornos, como a submersão dos
reinos de “Númenor” (a qual guarda uma certa correlação com a Atlândida
“real”) e “Beleriand”, ambos narrados em “O Silmarillion”. Ora, no mundo
científico, reconhece-se que o atual mapa mundi nada mais é do que o resultado
de vários deslocamentos das massas de terra do planeta ao longo das eras.
Também é pacífico que tais eventos alteram não apenas o contorno, mas a
superfície da terra, submergindo ou soterrando o que sobre ela existir, tornando-o
praticamente irrecuperável, evento este não ignorado pelo próprio Tolkien, conforme
se lê no prólogo de “O Senhor dos Anéis”: Aqueles dias, a Terceira Era da
Terra Média já se passaram há muito tempo, e o formato de todas as terras foi
mudado (...).
Além da hipótese dos cataclismos, cidades que
poderiam ter existido a dezenas ou centenas de milhares ou milhões de anos
atrás, ainda que tenham resistido a tais forças sísmicas ou simplesmente tendo
sido fundadas após as mesmas, não poderiam ser reencontradas facilmente próximas
à superfície. A própria ação do clima e do tempo trata de encobrir construções
muito antigas, tanto mais profundamente quanto seja sua idade.
É aí onde se encontra a limitação humana nas buscas
arqueológicas – atualmente, o ser humano não conta com tecnologia capaz de
desenterrar uma cidade que porventura esteja mesmo que algumas dezenas de
metros sob a superfície, e ainda que tivesse, haveria ainda a questão da
viabilidade econômica, da qual Pompeia, a cidade romana devorada pela erupção
de um vulcão no monte Vesúvio, é um exemplo - atualmente, os arqueólogos que
exploram ali um sítio estão na iminência de reenterrar o que encontraram devido
à falta de investimento financeiro para prosseguir com as escavações.
Com efeito, em que pese provas científicas, ainda
falta muito a ser descoberto para que se possa comprovar irrefutavelmente que o
mundo de Tolkien um dia foi real, não obstante seus esforços para que sua obra
tivesse uma singular verossimilhança. Por outro lado, se acatarmos as palavras
do físico Albert Einstein: “Nem
tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado”,
pode ser que não haja mais o que ser questionado quanto a isso. Ou ainda, se a
equação for invertida, sendo que também não há provas suficientes que descartem
terminantemente a existência do universo tolkieniano, então é razoável unir
lógica e imaginação, o que não é pouco frequente na Ciência, e acatar a
veracidade dos contos do Mestre de Oxford.
Christopher
Tolkien, um dos filhos do autor, chegou a afirmar em uma entrevista ao jornal
francês Le Monde: “Para mim, as cidades
do Silmarillion
são mais reais do que a Babilônia.”
Quando
se olha para os dias da Antiguidade e além, tudo o que se pode fazer é
conjecturas sobre o que pode ter sido ou não real. E isso não acontece somente
na História, mas também nas ciências exatas, como a Física e Astronomia – os “Postulados de Niels Bohr”, a
localização e formas de estrelas Novas, Supernovas e Anãs, a própria teoria do
“Big Bang”, por exemplo, são modelos baseados em probabilidades aceitáveis, não
verdades enquanto tais, posto que não podem ser provados.
Talvez
Tolkien não tenha sido preciso o suficiente nos nomes de personagens, fatos e
lugares em sua compilação e reorganização de dados sobre dias além da memória,
mas quem poderia fazê-lo de forma mais acurada?
Se
houve um passado além do período registrado pela História oficial, o mais
próximo que se pode aceitar como “real” é o relato de Tolkien com seu método a
partir da oralidade, seja através da língua ou das tradições preservadas pelos
povos que habitam a “Terra Média” atual (tal lugar coincide com a Europa,
guardadas as alterações geológicas no desenho dos mapas), encerrando a verdade
em si em maior ou menor grau, tanto quanto é possível preservá-la através deste
método.
terça-feira, 7 de janeiro de 2014
Crítica de "O Hobbit: Um amigo para seu filho"
Smaug ataca a Cidade do Lago
Escrito por Marcus Pedrosa, O Hobbit: um amigo para seu filho: os contos
de fadas na educação das crianças, faz referência ao filme “O
Hobbit: uma jornada inesperada”, que conta a história de Bilbo Bolseiro, um hobbit que vive pacificamente em sua toca, com
muito conforto, até que
numa manhã recebe a visita do mago
Gandalf, que está à procura de alguém para uma aventura, um tanto perigosa e
inesperada; porém, valiosíssima, partem para a expedição da qual nenhum deles
sabem se retornarão. O plano é roubar o tesouro guardado por Smaug, um dragão
temível que vive na Montanha Solitária. Muitos perigos surgem no caminho para
dificultar cada vez mais o objetivo dos aventureiros, aranhas gigantes, lobos ferozes
e orcs os assombram. Mesmo ao redor de sua imensa riqueza, o Dragão vive
sozinho em sua montanha com seu tesouro, protegendo-o, a todos os instantes. Bilbo Bolseiro passa por uma
série de perigos e aventuras, algo que, um pequeno hobbit jamais sonhou em
vivenciar.
O autor usa como referência
o escritor britânico John Ronald Reuel Tolkien, criador
da obra “O Senhor dos anéis”, que depois serviu de inspiração para a criação do
filme O Hobbit: uma jornada inesperada.
A obra foi editada e
publicada pela Editora IFIBE, do Instituto Superior de Filosofia Berthier e é distribuída
pela Livraria Saraiva através do seu portal na internet.
Marcus
Pedrosa pretende alcançar os pais e educadores, mostrando a importância dos contos
na infância. Demonstrando que ao lerem e ouvirem estórias, libertam
suas emoções, sentem prazer com os tramas, e, muitas vezes o simbolismo dos
personagens poderá contribuir na resolução de conflitos internos, normais em
determinadas faixas etárias. É nesse sentido que os contos podem ser decisivos
para a formação da criança em relação a si mesma ao mundo a sua volta. O maniqueísmo
que divide os personagens em bons e más, belos e feios, poderosos ou fracos
facilita a compreensão de certos valores básicos da conduta humana. Pelo viés
da psicanálise, acreditamos que a criança é levada a se identificar com o herói
bom e belo, não devido a sua bondade ou beleza, mas por sentir nele próprio
personificação de seus conflitos infantis: o desejo de bondade e beleza e,
principalmente sua necessidade de segurança e proteção. Podendo assim superar o
medo que inibe a enfrentar os perigos e alcançar gradativamente o equilíbrio. O
grande segredo da literatura é trabalhar o imaginário e a fantasia, e assim com
certeza cativará o tão exigente público infantil.
*
Mestre em Educação pela Universidade do Oeste de Santa Catarina
(UNOESC). Pedagoga com especialização em Psicopedagogia Clinica e Institucional
pela Faculdade de Itapiranga (FAI). Professora de Séries Iniciais no Colégio
Notre Dame, Passo Fundo, RS.
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