O anão Dain Pé-de-Ferro enfrenta o terrível orc
Azog
O que é
enfrentar algo tremendamente horripilante e maior? Como superar o medo e seguir
adiante?
Situações
como estas são comuns na trama de “O Hobbit”, seja no livro ou no filme. O
pequenino e “frágil” Bilbo Bolseiro, quem nunca deixou a pacata terra de seu
povo, de repente se vê diante de criaturas maiores e terríveis, como trolls,
orcs, wargs, Gollum, Smaug...
Com os
anões não é diferente. Apesar de mais acostumados com problemas e perigos, são
limitados igualmente pela pequena estatura e o pequeno número.
Apesar
de hoje em dia trolls, orcs, dragões, etc. estarem extintos, ao que parece, os
“pequeninos” atuais, as crianças, não estão livres do terror e do perigo de
situações que diante delas não são menos monstruosas.
Pode ser
aquele colega de escola de porte físico mais avantajado e índole intimidadora,
perseguindo-as e agredindo-as física e moralmente (o bullying); pode ser aquele adulto conhecido (ou, infelizmente,
conhecido e muitas vezes até próximo demais, como um parente) que igualmente
maltrata-lhes o corpo e a mente, muitas vezes através da sexualidade (a
pedofilia).
Portanto,
a monstruosidade que ameaça os pequenos e fracos não acabou, apenas, digamos,
mudou de forma.
Assim,
“O Hobbit” presta-se como uma excelente ferramenta de fortalecimento da mente e
da personalidade das crianças, mostrando-lhes como é possível reagir
devidamente às agressões, através do exemplo de Bilbo, Thorin, e dos anões de
um modo geral, que enfrentam os perigos pelo caminho com coragem e força,
vencendo no final.
Como eu
cito em meu livro “O Hobbit: Um amigo
para seu filho - Os contos de fadas na educação das crianças”, nas palavras do crítico literário Juan Carlos Rodero, sobre as obras de Tolkien:
“Autêntica demonstração é a coragem
que impulsiona o pequeno para enfrentar o grande.” (Revista
Esfinge, n.27, “O Senhor dos Aneis –
A força do mito”).
Enfim,
se monstros ainda existem, também existe a velha bravura para derrotá-los,
basta aprender com seus exemplos.
E
funciona – ninguém melhor do que alguém (eu) quem sofreu bullying durante toda sua vida escolar para dizer...
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