Dedico este post especialmente à Cris, quem me deu a sugestão para escrever este texto!
Gandalf, Bilbo e os 13 anões avistam Erebor
O que um mago, um hobbit, e
13 anões têm em comum entre si?
Aparentemente nada. São
raças diferentes no universo de Tolkien, com pensamentos, culturas e até mesmo
línguas diferentes.
Mas, apesar da diversidade,
este grupo está fortemente unido numa jornada em comum, visando um único propósito:
recuperar o reino perdido de Erebor e seu tesouro.
Naturalmente, no início, nem
tudo é consenso para Thorin e seus seguidores, especialmente no que diz respeito
a Bilbo e aos elfos.
No post “Anões contra Elfos” (março), expliquei o motivo das reservas
com estes últimos, que somente foram resolvidas no fim da jornada. Já quanto a
Bilbo Bolseiro, a princípio um estranho medroso e indigno de confiança, o
processo de aceitação evolui com a aventura.
Dois pontos que marcam a
“inclusão” de fato do hobbit no livro é quando ele consegue escapar de Gollum,
e depois, quando ele luta bravamente de espada em punho contra as Aranhas Gigantes
da Floresta das Trevas, para salvar os anões, revelando seu legítimo valor.
Os atos corajosos de Bilbo
mudam a forma que os anões o veem, de modo que passam não apenas a respeitá-lo,
como também ter gratidão para com sua pessoa.
Eu cito essa passagem na
minha obra dentro do conceito de respeito,
o qual conceituo como “reconhecer os outros como portadores dos mesmos direitos
que si mesmo, e ter consideração pelas suas palavras, atitudes, pela sua
pessoa, enfim” (p.35).
Portanto, independentemente
das características da pessoa, ela merece ser bem tratada junto ao grupo no
qual está inserida, uma convicção que adquire importância especial nos dias
atuais, em que é necessário viver numa sociedade cada vez mais diversificada,
especialmente com a presença de indivíduos que precisam de atenção e cuidados
próprios.
Eis, assim, mais uma pedra
preciosa que pode ser encontrada no imenso tesouro que é a obra “O Hobbit”, de
J.R.R. Tolkien, sobretudo do ponto de vista humanístico.
Para obter sua aceitação de fato
no grupo, Bilbo teve que demonstrar muita coragem, porém, a maior demonstração
de coragem vem dos membros de um grupo diante de alguém desconhecido e/ou
diferente, para vencer o receio e muitas vezes o preconceito, para enfim
realizar o simples, acolhedor e nobre gesto de estender a mão.
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