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segunda-feira, 17 de outubro de 2016

DE NOVO, UM ANEL!

Recentemente, a imprensa nacional, e certamente a internacional noticiou maravilhadas o encontro de um anel que reapareceu após décadas perdido no mar. O melhor é que o anel foi parar direto na mão do seu antigo dono, que jamais esperaria reaver a joia, na verdade uma aliança de casamento.

Ainda bem que era só uma aliança. Se o Um Anel de Sauron não tivesse sido derretido na Montanha de Perdição, eu ficaria extremamente preocupado... Bem dito o que um dos sábios disse no Conselho de Elrond: se o Um Anel fosse lançado ao mar, ele encontraria um meio de retornar.

Proeza semelhante somente Déagol foi capaz de fazer, e pagou com a vida sob a loucura do amigo Sméagol.

Mas a história não para por aí. Até onde eu me lembro, dois dos três aneis élficos tiveram paradeiro desconhecido. dos 7 anéis anões, a maioria foi destruída pelos dragões, mas os restantes, como o anel de Thrór, também estão desaparecidos. E os nove dos homens, cuja magia pérfida cedeu com a queda de Sauron, tanto podem ter se desintegrado quanto podem ter caído da mão das sombras desfeitas de seus portadores como meras joias gastas pelo tempo e pela maldade.



Houve uma época em que eu encontrava anéis com muita facilidade - desde alianças até anéis valiosos que iam para o dedo das minhas cortejadas, além de meras bijuterias pisoteadas e sem valor. Mesmo sabendo que a história o Anel era um conto de fadas, eu nunca deixei de acreditar no poder 'místico' que certos objetos carregam consigo, como tais aneis perdidos - para os antigos, é o famoso 'feitiço'.

No imaginário popular e na literatura, não raro aneis são objetos de poder e magia por ser um objeto de uso fácil e comum, sem falar no seu valor com joia. E como venho insistentemente pregando, os mitos sempre carregam um fundo de verdade, existem forças que circulam pelo mundo e se depositam nesses objetos desgarrados - basta lembrar o que aconteceu com a queda de Sauron: sua sobre se dispersou no extremo norte, e de certo modo, o legado de sua magia negra permaneceu na Terra-Média. 

Gandalf ilustra muito bem essa verdade quando fala de sua luta contra o Balrog as alturas imensuráveis de um pico: quem olhasse para cima e visse o fogo e o raio, acharia que tudo não passava de uma tempestade e um pequeno incêndio...

E é assim que nossos olhos incrédulos buscam racionalizar tudo. O anel de que falei no começo voltou para seu dono do fundo mar pelo simples acaso? Haveria razão capaz de encontrar esse anel no fundo do mar e levá-lo à mão do dono?

Ainda citando Gandalf: Bilbo estava destinado a encontrar o anel por uma força que não era a de Sauron.

Coisas fantásticas acontecem muitas vezes sob o nome do acaso, mas são termos muitos vagos para eventos tão precisos, especiais e decisivos.

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