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segunda-feira, 25 de março de 2013

O Hobbit e a inclusão social



Dedico este post especialmente à Cris, quem me deu a sugestão para escrever este texto!

 Gandalf, Bilbo e os 13 anões avistam Erebor

O que um mago, um hobbit, e 13 anões têm em comum entre si?

Aparentemente nada. São raças diferentes no universo de Tolkien, com pensamentos, culturas e até mesmo línguas diferentes.

Mas, apesar da diversidade, este grupo está fortemente unido numa jornada em comum, visando um único propósito: recuperar o reino perdido de Erebor e seu tesouro.
Naturalmente, no início, nem tudo é consenso para Thorin e seus seguidores, especialmente no que diz respeito a Bilbo e aos elfos.

No post “Anões contra Elfos” (março), expliquei o motivo das reservas com estes últimos, que somente foram resolvidas no fim da jornada. Já quanto a Bilbo Bolseiro, a princípio um estranho medroso e indigno de confiança, o processo de aceitação evolui com a aventura.
Dois pontos que marcam a “inclusão” de fato do hobbit no livro é quando ele consegue escapar de Gollum, e depois, quando ele luta bravamente de espada em punho contra as Aranhas Gigantes da Floresta das Trevas, para salvar os anões, revelando seu legítimo valor.
Os atos corajosos de Bilbo mudam a forma que os anões o veem, de modo que passam não apenas a respeitá-lo, como também ter gratidão para com sua pessoa.

Eu cito essa passagem na minha obra dentro do conceito de respeito, o qual conceituo como “reconhecer os outros como portadores dos mesmos direitos que si mesmo, e ter consideração pelas suas palavras, atitudes, pela sua pessoa, enfim” (p.35).

Portanto, independentemente das características da pessoa, ela merece ser bem tratada junto ao grupo no qual está inserida, uma convicção que adquire importância especial nos dias atuais, em que é necessário viver numa sociedade cada vez mais diversificada, especialmente com a presença de indivíduos que precisam de atenção e cuidados próprios.

Eis, assim, mais uma pedra preciosa que pode ser encontrada no imenso tesouro que é a obra “O Hobbit”, de J.R.R. Tolkien, sobretudo do ponto de vista humanístico.
 
Para obter sua aceitação de fato no grupo, Bilbo teve que demonstrar muita coragem, porém, a maior demonstração de coragem vem dos membros de um grupo diante de alguém desconhecido e/ou diferente, para vencer o receio e muitas vezes o preconceito, para enfim realizar o simples, acolhedor e nobre gesto de estender a mão.

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